sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Ribeira da Fraga

Na aldeia do Barril, nas proximidades da vila de Mortágua, existe uma ribeira denominada "Ribeira da Fraga".
Fica seca durante o Verão, mas nos períodos frios, devido às chuvas o seu caudal engrossa.
 Água fresquinha para tomar uma banhoca !

domingo, 2 de dezembro de 2012

Ponte do Barril

 
A aldeia do Barril pertence à freguesia de Mortágua.
Este postal antigo mostra a ponte do Barril.
A ribeira que passa no Barril chama-se Ribeira da Fraga.
Fonte:Panoramio

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Igreja do Sobral

Antigamente a povoação do Sobral ficou submersa pela albufeira da barragem da Aguieira e os seus habitantes tiveram que construir casas em outras povoações. A grande maioria dos habitantes instalou-se junto à Cruz de Vila Nova, e aí construiram recentemente uma ermida, que foi dedicada a Nossa Senhora da Boa Viagem. A Igreja do Sobral está aberta praticamente todos os dias, e há missa todos os domingos, encontra-se em bom estado de conservação.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Santuário de Nossa Senhora do Carmo

A capela da Nossa Senhora do Carmo foi fundada por Sebastião de Monte Calvário por volta de 1600. Destinava-se a um Mosteiro para religiosas Carmelitas.
Sendo padroeiro da freguesia o 6º Conde de Odemira, D. Sancho de Noronha, não consentiu em perder os benefícios deste padroado em favor do mosteiro.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Festa de S. Martinho

Dia 10 de novembro, na Lourinha de Baixo, terá lugar a Festa de S. Martinho.
Do cardápio constam papas e sardinhas  e o tradicional magusto.
Realizar-se-á ainda a procissão pagã.
Fonte: Agenda de novembro da CMM

sábado, 20 de outubro de 2012

V Feira da Castanha e Outros Produtos Regionais

A V Feira da Castanha e Outros Produtos regionais decorrerá nos dia 27 e 28 de outubro, no Parque de Merendas , em Quilho, Mortágua.

Produtos regionais
Gastronomia tradicional
Passeios de charrete
Demonstrações hípicas
Animação musical




Fonte: CMM

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Romaria de N.ª S.ª de Chão de Calvos


A Romaria de N.ª S.ª de Chão dos Calvos terá lugar nos dia s 21 e 22 de outubro  no
Santuário de Nossa Senhora de Chão de Calvos.
Programa:
DOM 21 | 11h00 | Missa Campal
SEG 22 | 14h00 | Missa Campal

A organização está a cargo da Comissão de Melhoramentos de N.ª Senhora de Chão de Calvos.
Fonte: CMM

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Agenda municipal de Mortágua - agosto de 2012

Veja aqui a Agenda da Câmara Municipal de Mortágua, edição de agosto de 2012. Na rubrica "Mortágua: pessoas, histórias e lugares", é recordada a encenação do "Auto do Juiz de Fora", há 20 anos atrás.
 Transcrevemos o artigo publicado nas páginas 15 a 17:
Foi há 20 anos que Mortágua assistiu à representação de uma grandiosa peça teatral - “O Auto do Juiz de Fora”, baseada no acontecimento lendário que desde tempos imemoriais está associado ao concelho de Mortágua. A ideia partiu da Câmara Municipal para assinalar os 800 anos sobre a atribuição da 1ª Carta de Foral a Mortágua, concedida em 1192, por D. Dulce, esposa de D. Sancho I. O espetáculo escrito, encenado e musicado originalmente, foi apresentado ao ar livre na Quinta de S. Domingos, no dia 29 de agosto de 1992. Tratou-se da recriação teatral de uma lenda quase tão antiga quanto a terra e que remonta a cerca de 600 anos, em plena Idade Média. Resumidamente a lenda é esta:

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Freguesia de Pala, Mortágua

 Foto: Olhares Fotografia on-line

A freguesia da Pala, uma das maiores do concelho de Mortágua, encontra-se na parte norte do concelho, embora a sua grande extensão a transporte quase até à sua parte central. Para norte, confina com o distrito de Aveiro e com o concelho vizinho de Tondela. Dentro de Mortágua, é delimitada a ocidente por Espinho, a leste por Sobral e a sul por Vale de Remígio. É constituída pelos lugares de Carvalhal, Eirigo, Laceiras, Linhar de Pala, Macieira,Monte de Lobos, Moutinhal, Ortigosa, Pala, Palinha, Palheiros de Cima, Palheiros de Baixo, Paredes, Sardoal, Sernadas, Tarrastal e Vila Pouca.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Freguesia de Espinho, Mortágua

A freguesia de Espinho, uma das maiores do concelho de Mortágua, ocupa uma grande parte do extremo ocidental do município. Confina com o distrito vizinho de Aveiro a norte e a oeste. Dentro de Mortágua, é delimitado pelas freguesias da Pala e de Vale de Remígio, a leste, e pelas freguesias de Trezoi e de Cortegaça, a sul. A oito quilómetros de Mortágua, é constituída pelos lugares de Água Levada, Anceiro, Aveleira, Azival, Barracão (uma parte da localidade), Castanheira, Espinho, Falgaroso da Serra, Painçal, Pomares, Quilho, Ribeira, Santa Cristina, Sobrosa, Soito, Truta de Baixo, Truta de Cima, Vale de Carneiro, Vale da Vide, Vale de Mouro, Vila Boa e Vila Meã da Serra.
O povoamento da área que hoje corresponde à freguesia de Espinho é muito remoto e pode ser comprovado por numerosos vestígios arqueológicos.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Igreja Matriz de Espinho, Mortágua

A Igreja Paroquial de Espinho é consagrada a S. Pedro, um culto cristão cujas raízes parecem remontar ao século III ou IV. Em redor, uma pequena cerca, o Passal, dentro da qual os seus habitantes – membros do Clero – estavam imunes ao poder real. Atualmente, tem festa anual a 29 de junho.
Construída no século XIX, a igreja é um templo de planta longitudinal, com torre sineira adossada ao alçado lateral esquerdo. No centro da fachada, o portal principal é de verga reta, com moldura de cantaria, e é encimado por friso e cornija. Mais acima, rasga-se uma rosácea. Termina em empena de ângulo acentuado. A torre sineira tem três registos, os dois primeiros cegos e o terceiro rasgado por ventanas de volta perfeita. Remate em cornija e pináculos e cobertura em coruchéu bolboso.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

III Feira do Pão na Marmeleira


No domingo, dia 15 de julho, decorrerá a 3.ª edição da Feira do Pão, no Moinho da Senhora da Ribeira, na Marmeleira.

O Programa é o seguinte:
10 horas - Início da III Feira do Pão
Almoço: Serrabulho ou torresmos
Jantar: Papas e sardinha assada
Haverá barraquinhas com pão tradicional, bolos de «Cornos», produtos da terra e comes e bebes.
Não faltará a música e os jogos tradicionais.

Organização: Centro Cultural e Recreativo da Marmeleira
Apoio.: Junta de Freguesia da Marmeleira

terça-feira, 3 de julho de 2012

Provérbios portugueses

Provérbios dedicados ao Pão:

Pão pela cor, vinho pelo sabor. 
Pão que veja, vinho que salte, queijo que chore.
Pão que sobre, carne que baste, vinho que falte. 
Por carne, vinho e pão, deixa tudo o que te dão.Pão de centeio, melhor no ventre que no seio.
P
ão do vizinho tira o fastio.Pão de taberna não farta nem governa. 
Fraca é a padeira que diz mal do seu pão.
Com pão, baila o cão se lho dão.
Com pão e vinho, anda caminho.
Não há mau pão com boa fome.
Quando há fome, não há pão mal feito.
Saboroso é o pão duro, quando não há mais nenhum.
Vale mais pão duro que figo maduro.
Vale mais pão duro que nenhum.
Vale mais um pão com Deus que dois com o diabo.
Vale mais pão hoje que galinha amanhã.
Caldo sem pão só no inferno o dão.
Lágrimas com pão ligeiras são.
Quem dá o pão dá a criação.
Quem dá o pão dá o pau.
Quem quer o filho ladrão tira-lhe o pão.
Fidalgo sem pão é vilão.
De mau grão, mau pão.
Em ano de pão, guarda pão.
Onde há pão, há ratos.
Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.
Nem mesa sem pão, nem exército sem capitão.
Fraca é a mesa que não deixa migalhas.
Migalhas também é pão.

sábado, 23 de junho de 2012

Aldeia da Tojeira

A rubrica Mortágua - Pessoas, Histórias e Lugares, da edição de junho da Agenda da Câmara Municipal de Mortágua, de junho de 2012, é dedicada à aldeia da Tojeira, com o título: "Tojeira: tranquilidade e comunhão com a Natureza".
A Tojeira é uma aldeia situada na freguesia de Sobral, concelho de Mortágua, desabitada, mas que sofreu obras de beneficiação há alguns anos. Subsistem algumas casas de xisto, infelizmente abandonadas, uma capela, um cruzeiro e um parque de merendas. Vale a pena visitá-la e desfrutar das lindíssimas paisagens que se avistam.

Ler aqui o artigo da agenda da CMM (pp. 17 e 18).

sábado, 9 de junho de 2012

Exposição "Património de Mortágua"

        Entre os dias 23 e 30 de maio esteve patente na Biblioteca Escolar da Escola Básica 2/3 Dr. José Lopes de Oliveira, a exposição «Património de Mortágua» promovida pelos professores responsáveis pelo Clube do Património e pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas. A abertura da Exposição contou com a dignificante presença dos membros da Direção do Agrupamento, com a prestimosa participação do senhor Armando Simões e, posteriormente, com a dos alunos colaboradores do Clube. Sendo a gastronomia local um produto cultural, na ocasião todos se deliciaram com as maravilhosas iguarias mortaguenses. Durante a semana, os dias foram preenchidos com a realização de visitas pelos alunos à Exposição.
     A mostra reuniu muitas fotografias de paisagens naturais e humanizadas, objetos e utensílios antigos do meio rural e de uso doméstico, desde a cestaria, olaria, latoaria, trajes e bordados regionais que ilustravam, sob as mais diversas abordagens, o património material e imaterial. Foi com muita satisfação e orgulho que os alunos ali divulgaram trabalhos fruto de pesquisas realizadas no âmbito do «Clube de Património de Mortágua».

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A Sé de Viseu

Arquitetura religiosa, românica, gótica, maneirista, barroca. Catedral de planta em cruz latina, com nártex e 3 naves  sensivelmente a igual altura, coro-alto, transepto desenvolvido e cabeceira escalonada com capela-mor retangular e 2 absidíolos de planimetria poligonal. Sacristia e claustro adossados. Cobertura em abóbada de ogiva. Fachada harmónica com o corpo central maneirista, com estrutura arquitetónica em 3 registos e torres sineiras, rematadas por cúpula e balaustrada. Platibandas salientes coroadas de merlões pontiagudos. Capelas retabulares nos topos do transepto e ladeando o arco triunfal. Retábulos de talha dourada maneirista (topo do transepto, no lado do Evangelho) e barroca, seguindo as várias tipologias características do séc. 18. Retábulo principal joanino, com as imagens do orago, Nossa Senhora em pedra de Ançã, do período trecentista, e a de São Teotónio, barroca. Cadeiral maneirista no coro-alto com remates barrocos. Púlpitos junto aos pilares do arco cruzeiro. Azulejos setecentistas de decoração azul e branca, a decorar o claustro. Este encontra-se adossado ao lado SO., com planta quadrada, evoluindo em 2 pisos, o 1º de raiz maneirista, baseada na tratadística italiana, com colunas jónicas, sendo o 2º setecentista, com colunas dóricas unidas por balaustrada. Colunas do primeiro piso pousam num murete contínuo, formando um número par de tramos, com duas colunas nos ângulos, reforçando a estrutura, em detrimento da leitura contínua do espaço. Abóbada de cruzaria assenta em mísulas no alinhamento das colunas. Este esquema tem paralelo em obras do Renascimento e Maneirismo italianos, nomeadamente o Hospital Maior, em Milão e o Claustro de Santa Maria della Pace, em Roma.
Fonte: SIPA

domingo, 27 de maio de 2012

O tempo dos meus bisavós através de uma fotografia a preto e branco



     Esta fotografia a preto e branco que retrata os meus bisavós surpreende-me frequentemente porque já tem muitos anos, teriam eles 50 anos de idade. É sempre requisitada para falar da família. Desta vez, levou-me a fazer perguntas que recuperaram algumas memórias do passado que servem para refletir e crescer.
    A fotografia não foi tirada ao acaso e de forma espontânea. Os dois posaram para o fotógrafo e nesta pose ficaram parados alguns segundos. Naquela época, a máquina fotográfica não era um objeto barato e fácil de manejar por quem não tivesse um pouco de conhecimentos técnicos, e ainda hoje é assim. A fotografia é uma necessidade de representação pessoal. É importante ter fotografias para mostrar à família e aos amigos... É uma atitude social. E permite conservar uma imagem que nunca mais se repetirá. Era nos estúdios com laboratório para revelar as fotografias que as pessoas podiam ser retratadas com facilidade e a um preço acessível. Este retrato foi tirado num estúdio, em Coimbra.
    O meu bisavô chama-se José Martins Cordeiro e, por incrível que pareça, já tem 94 anos de idade! Filho de José e de Maria da Espectação, nasceu no dia treze de junho de 1917 numa pequena aldeia do nosso concelho: Felgueira.
    Naquela altura, Felgueira tinha noventa habitantes, hoje tem duzentos. A atividade agrícola tinha grande importância para garantir a subsistência do dia a dia e, como os pais, o meu bisavô trabalhou na agricultura. Começou aos 8 anos de idade a juntar vides. Nunca foi à escola, como muitas outras crianças do campo.
    Em 1938, a tropa levou-o a partir para a Figueira da Foz, onde foi condutor de metralhadoras pesadas.
    Regressado à terra natal, começou o namoro com a minha bisavó, que era sua prima direita. Encontravam-se ao fundo das escadas da casa dela uma vez por semana. Mas sempre com a presença do pai da minha bisavó.
    Os meus bisavós casaram-se em 1945 e foram viver para Chão Miúdo, aldeia da minha bisavó, que pertence à mesma freguesia de Felgueira, Sobral. Tiveram três filhos. Trabalharam sempre na agricultura. Para o campo levavam os filhos, que acompanhavam os pais nos trabalhos agrícolas; ficavam num berço enquanto pequeninos. Os tempos mudaram e mudou o modo de vida das populações rurais e nos dias de hoje, todas as manhãs, os meus bisavós dão juntos um passeio pelas ruas de Chão Miúdo, onde ainda vivem.
     Os seus três filhos já têm netos e os meus bisavós têm bisnetos.
    Gosto desta fotografia e imagino os meus avós naqueles tempos, tal e qual. Foram tempos que esta fotografia não apaga!

Liliana Borges, 5.ºC
Ano letivo de 2011-12

terça-feira, 15 de maio de 2012

Lenda de Nossa Senhora do Chão dos Calvo

     Num vale, pelos fins do Século XV, inícios do seguinte, encontrou, um indivíduo calvo, da freguesia do Sobral, concelho de Mortágua, escondida na toca de um castanheiro, uma imagem da Virgem.
     A notícia chegou aos moradores dessa freguesia, bem como aos de Pala. Os do Sobral achavam que a imagem lhe pertencia, por isso a levaram para a sua igreja. No entanto, a Senhora desaparecia desta igreja e voltava a ser encontrada no buraco do castanheiro.
     Apesar de ser levada, de novo, para o Sobral, e a igreja da paróquia estar guardada, a imagem fugia sempre. Acabaram por ser os habitantes de Pala e erigir uma capela no sítio do seu aparecimento.
Fonte: RFEVA
  A Ermida de Nossa Senhora do Chão dos Calvos, cuja tradição conta que nove freguesias do Concelho eram obrigadas a comparecer na primeira semana da Quaresma, sob pena de multa aplicada ao chefe de família que, por si ou familiares da casa faltassem. A romaria decaiu ao longo dos tempos, tendo sido substituída pela Feira dos Calvos que ainda perdura.
 Fonte: CMM

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A Lampantana

Sobre este delicioso prato, podemos ler no site da Câmara Municipal de Mortágua: 
 
"Zona de transição entre a Beira Interior e o Litoral, Mortágua não deixa de ganhar com este seu posicionamento. Lugar de passagem para vários destinos, Mortágua oferece a quem a visita momentos agradáveis, com a sua beleza natural e através da boa gastronomia. 
A LAMPANTANA confeccionada com carne de ovelha, assada em caçoila de barro e servida com batata “fardada” e grelos a acompanhar, é, desde tempos imemoriais, uma das especialidades gastronómicas do Concelho de Mortágua.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Armas do concelho de Mortágua


    As armas do Concelho de Mortágua apresentam em campo de prata, cinco faixas ondeadas de azul, distanciadas igualmente. Bordadura de negro arregada de oito pinhas de ouro realçadas de negro. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres “Vila de Mortágua” a negro.
     Estas formas e estas cores têm um significado. São pensados tendo em conta o Concelho. Por isso, é a demonstração singular de uma terra única. 
     Mostram que o concelho constituiu em épocas remotas uma bacia de água, e a riqueza agrícola dos seus extensos pinhais. Assim:
A água, a grande quantidade que houve e que há na região dominada pela Vila de Mortágua, é representada pelas faixas onduladas de prata e azul, que significam humildade e riqueza, lealdade e caridade.
A terra, a riqueza do solo, é simbolizada pelo esmalte negro, significa firmeza e honestidade.
As pinhas, simbolizando uma das principais fontes de riqueza local, a ouro esmaltado que significa fidelidade, constância, poder e nobreza.
A coroa mural de prata de quatro torres é indicativo da categoria de Vila.
Bandeira do Concelho de Mortágua: Como as peças que constituem estas armas são as pinhas de ouro e a indicação de água que é azul, a bandeira é esquartelada de amarelo (que representa ouro) e de azul. Cordões e borlas de ouro e azul. Haste e lança douradas.
E desta forma, estas Armas só poderiam ser “ As nossas Armas”.
Aprovado pela Portaria nº. 7592, do Ministério do Interior, publicada no Diário da República, I Série, nº. 123 de 3/06/1933.
Fonte: CMM 

O ferro da minha avó


     Conseguem imaginar a vida sem o ferro de passar roupa? O aspeto amarrotado não é nada agradável.
    Como antigamente não havia eletricidade nas aldeias, para engomar a roupa a solução surgiu com o ferro a carvão. Foi uma criação do século XVII.
    Eram aquecidos com o carvão em brasa. Quando o carvão começava a perder a força, o ferro esfriava e então as pessoas tinham que soprar para as brasas para que ele voltasse a aquecer, dando temperatura ao ferro. À medida que a brasa se tornava cinza, ia sendo abastecido.  
    Para além de pesados – eram ferros maciços – havia outro problema: às vezes saía fuligem de dentro do ferro, ou pior, faíscas. E lá se ia uma atraente peça de roupa ou um lençol branquinho.
    Este ferro é da minha avó paterna que mora em Ortigosa, freguesia de Pala, tem a pega de madeira e uma chaminé.
 Rodrigo da Conceição, 5.º B
Ano letivo de 2011-12

domingo, 29 de abril de 2012

O pelourinho de Mortágua

     O pelourinho de Mortágua é uma construção de pedra constituída por uma coluna erguida verticalmente sobre uma base circular e terminada por um capitel. Assenta numa  plataforma de três degraus quadrangulares, o primeiro deles estaria originalmente enterrado.
        Desde a época de D. Afonso Henriques que tanto o rei como alguns senhores estabeleciam contratos com os habitantes de uma certa localidade. Esses documentos chamavam-se cartas de foral e as terras que as recebiam chamavam-se concelhos.
     Na carta de foral ficavam estabelecidos os foros e as isenções dos habitantes do concelho, os vizinhos, e a garantia de poderem eleger os seus representantes para a administração e a justiça local. A atribuição do foral era acompanhada da edificação de um pelourinho, que testemunhava o exercício do poder local – a autonomia do concelho face aos senhorios.
    Mortágua teve a primeira carta de foral em 1192, atribuída pela rainha D. Dulce, esposa de D. Sancho I. Com este documento, Mortágua (e o seu termo) tornava-se um concelho.

sábado, 28 de abril de 2012

Ponte antiga em Macieira, freguesia de Pala

        Por volta do ano de 218 a.C., os Romanos invadiram a Península Ibérica e em Mortágua também se verificou a sua passagem. Nesta região, a romanização deixou-nos vestígios de obras de engenharia.
    No que diz respeito às vias de comunicação, os Romanos tinham uma rede principal que interligava todo o Império Romano, estradas secundárias que ligavam os povoados às grandes vias e caminhos agrícolas ou de acesso privado. Em relação às existentes na região, o Dr. Assis e Santos diz no seu livro Mortalacum que «(...) o mais provável é que existissem duas rotas de trânsito romano - uma por Cercosa, Gondelim e Penacova, outra por Santo António do Cântaro, Botão e Eiras. A existência de uma carreira no Galhardo, outra em Cercosa e outra em Vale de Ana Justa assinalam a passagem por estes locais de uma rota de trânsito romano».
    Na minha localidade de Macieira, freguesia de Pala, encontra-se uma ponte muito antiga sobre a ribeira de Vila Pouca. Fará parte dos imensos troços de vias romanas espalhados pelo país? O povo refere-a como romana
    Está ao abandono. Gostava muito que fosse estudada pelos investigadores para ficarmos a saber em que contexto histórico foi construída.

Luís Pinto, 5.º D
Ano Letivo 2011-2012                                              

sábado, 21 de abril de 2012

Caraterização histórica de Mortágua

Informação disponibilizada no site da CMM:  
      "É possível considerar que há cerca de um milhão e meio de anos as primeiras comunidades humanas se tenham instalado, um pouco por todo o território nacional, incluindo as áreas que hoje o Concelho de Mortágua ocupa.
     Em concelhos que fazem fronteira com o nosso, foram encontradas estações arqueológicas do paleolítico superior (freguesia da Moita, concelho de Anadia), também do paleolítico situada no lugar do Carreço (concelho de Mealhada) e no Concelho de Mortágua, no lugar de Lapa dos Mouros, perto da aldeia de Mortazel, haverá vestígios de arte rupestre.
     Imensos achados materiais, toponímicos e outras manifestações, de várias épocas da evolução do homem, podem encontrar-se nesta área, os quais foram deixados pelos diferentes povos que por aqui viveram.
     Na época longínqua de 218 A.C., os romanos chegaram à Península Ibérica e muitas foram as lutas travadas entre estes e os Lusitanos. Romanizando a região ficaram os vestígios dos invasores em algumas povoações do Concelho. Julga-se que por aqui passou uma das vias romanas de extrema relevância, que fazia a ligação entre o litoral e o interior.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Paráfrase da lenda do Juiz de Fora

     Os concelhos medievais, criados pelas cartas de foral, eram locais onde o povo vivia melhor e tinha mais liberdade. Nessas terras estava excluído o poder dos senhorios.  Os habitantes do concelho, chamados vizinhos, tinham o direito a eleger localmente, de entre si, os juízes para a aplicação da justiça.
     Mas os povos queixavam-se muito dos abusos dos fidalgos e poderosos que influenciavam as decisões dos juízes da terra. Para garantir o cumprimento da justiça nos concelhos, o Rei de Portugal nomeava um juiz de fora, pessoa estranha à terra e que, à partida, seria imparcial a administrar a justiça. O cargo de Juiz de Fora surgiu em Portugal em 1327, com o rei D. Afonso IV.
    Conta a lenda que um juiz de fora foi destacado para Mortágua para atender as reclamações que chegavam ao rei. Mas as suas decisões não corresponderam às necessidades do povo, que não gostou dele. Decidiu matá-lo. O rei, então, mandou um ouvidor para inspecionar e castigar os culpados. O povo tomou uma posição: unir-se e encobrir. Daí, à pergunta do oficial «Quem matou o Juiz?», todos respondiam «Foi Mortágua».
    Esta história atravessou décadas e espalhou a fama de Mortágua devido a esta ação coletiva assumida por todos. 
     E o ouvidor foi dar parte ao rei de que nada conseguira averiguar!
Ana Beatriz e Guilherme Emanuel, 5.º C
Ano letivo de 2011-12

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Lenda da pedra furada

      Na minha freguesia de Sobral existe a lenda de uma moura encantada, guardiã de um tesouro oculto.
      Esta superstição pode estar relacionada com a fuga dos mouros da Península Ibérica em resultado da Reconquista Cristã: não podendo levar as suas riquezas antes de partirem, enterravam-nas; no esconderijo, deixavam uma moura encantada a guardar o tesouro para impedir que se fizessem ali escavações. Acredita-se que é no dia de São João que a moura aparecia com o seu tesouro.
      Diz a lenda que...
     Num seixo branco que existe em Sobral e a que chamam Pedra Furada, existiu um buraco muito pequeno que servia para uma Moura sair em dia de São João antes do Sol aparecer no Oriente, com o objetivo de assoalhar o ouro.
Daniel Dias, 5.º B, ano letivo de 2011-12

domingo, 15 de abril de 2012

A Lampatana

Há cerca de 60 anos atrás, pelo Carnaval, uma senhora chamada Angelina, residente na povoação da Marmeleira, teve a ideia de improvisar para a refeição um “prato” surpresa.
Este constou dos seguintes ingredientes : carne, um pouco de colorau, pimenta, cebola picada, sal, folhas de louro, azeite e vinho.
Estes ingredientes foram levados ao forno em caçoila de barro preto e regados de vez em quando com bom vinho da região, enquanto era assada.
Todos apreciaram a carne assim preparada, mas acharam que esta especialidade deveria ter um nome.
Como as sementeiras, as colheitas e quase todos os trabalhos agrícolas são uma faina sã e como nessa época ainda havia entre nós, “beirões” de Mortágua e especialmente nos trabalhos de campo havia um sotaque “xim”, isto é, pronúncia do S por X, a  especialidade foi “baptizada” por Xanfana que traduz Faina Sã. Nesta época era o prato favorito dos dias de festa das aldeias da região da Irmânia.
Também lhe foi dada outra designação, que teve origem nas festas da “Escola Livre” (Centro Democrático de Educação Popular da Marmeleira) durante a conversa entre pessoas intelectuais, professores, etc...
Designou-se então, por Lampantana, em que:
  • lana, lã, ovelha/carne
  • pane, pão, com que se come
  • ana (diminutivo de angelina)
Portanto, a xanfana, é uma especialidade de Mortágua e é muito saborosa e apreciada por outras pessoas que vêm até cá só para a provar!
Uhm! Que boa que ela é!... Venham à nossa Terra e deliciem-se com este saboroso prato da nossa gastronomia.

Bibliografia: Dr. José de Sousa Baptista
Trabalho realizado por alunos do 1.º, 2.º e 4.º anos, ano letivo de (?)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Memórias da Casa Senhorial da Quinta das Palmeiras

     Em Vale de Açores distingue-se uma Casa Senhorial.
   Instalada em terra fértil para a agricultura, a Casa tem uma estrutura adaptada às vivências rurais e é um exemplo da ocupação senhorial: um andar térreo para o armazenamento de produtos e de alfaias agrícolas, e um andar superior destinado a habitação dos senhores (salas, quartos de dormir e cozinhas). Na fachada principal, a escada de um lanço dá acesso ao andar que possui janelas em guilhotina.
    Na época em que vigorou o regime senhorial, quem trabalhava a terra não eram os seus proprietários. Estes pertenciam, no caso desta Casa, à nobreza e não estavam sujeitos ao pagamento de impostos. Cultivavam a terra os que viviam no senhorio e pagavam impostos com uma parte daquilo que produziam.

quarta-feira, 21 de março de 2012

O moinho da minha aldeia, Lourinha de Baixo

      Na minha aldeia, Lourinha de Baixo da freguesia da Marmeleira, existe um moinho que, dizem as pessoas mais velhas, tem mais de cem anos. Consigo avistá-lo da minha casa.
     Está junto a um riacho, pois é um moinho de água em que a energia é produzida pelo movimento da água, à qual se dá o nome de energia hídrica.
Casa do moinho com as paredes em xisto
Mó em granito
       A casa do moinho é construída em xisto. Já passou por várias gerações, de avós para os pais e dos pais para os filhos. O moinho permanece bem conservado. Os moageiros - donos do moinho - ainda vivem na aldeia, mas já não usufruem dele. Hoje em dia, com a evolução das técnicas, apareceram os moinhos elétricos que substituíram os moinhos tradicionais.

 Beatriz Nunes,  5.º D, ano letivo de 2011-12                              

terça-feira, 6 de março de 2012

O espigueiro do meu tio

     Os espigueiros são típicos exemplos da vida rural e a sua presença no nosso concelho está ligada à importância que a agricultura teve através dos tempos. Fazem parte do património agrícola da nossa terra. Como não podia deixar de ser, destaco o espigueiro situado ao lado da minha casa, em Vila Pouca, freguesia de Pala: é do meu tio Fernando.
     O meu tio disse-me que foi construído em 1977 e já foi restaurado. Serve para guardar e secar o milho.
     Este espigueiro, comprido e estreito, tem as paredes inclinadas. Tem uma porta numa extremidade para colocar e tirar o cereal. As paredes e a porta são feitas de ripas de madeira. Através das fendas, o interior é arejado. É coberto por telha a duas águas. Foi implantado sobre o muro da casa a que pertence e o acesso faz-se por um escadote de madeira. Assim elevado, protege o cereal da humidade e dos ratos. 

Rui Martins – 5º B
Ano letivo de 2011-12

segunda-feira, 5 de março de 2012

José de Andrade de Assis e Santos

     De entre os mortaguenses que se distinguem na nossa história local, recordo o Dr. José de Andrade de Assis e Santos através de alguns registos biográficos, para percebermos a importância desta personalidade no nosso concelho.
     Nasceu em Vale de Remígio, Mortágua, em 1903 e faleceu em 1979. O seu percurso académico iniciou-se na freguesia de naturalidade, onde, na instrução primária, foi aluno do pai, professor Joaquim dos Santos. Licenciou-se em medicina na Universidade de Coimbra. Foi várias vezes convidado a dar aulas na faculdade, mas preferiu exercer medicina com total disponibilidade, no seu concelho.
     Para acudir aos doentes, percorria estradas e caminhos, montes e vales, fizesse chuva ou calor, tanto de dia como de noite. Chegava a andar a pé centenas de quilómetros e aos doentes pobres oferecia os medicamentos e não cobrava dinheiro pelas consultas.
Era um homem muito culto. Falava francês, latim, inglês, alemão, russo e grego. Interessou-se pelo desenho, pela fotografia e pela história. Desejoso por transmitir os resultados das suas investigações, escreveu livros sobre a história local, como por exemplo
     O Pelourinho de Mortágua (1940) e Mortalacum (1950). Construiu um microscópio artesanalmente que, na altura, era a segundo melhor lente do país e permitiu que fosse o pioneiro em análises clínicas neste concelho.
Em sua homenagem, Mortágua tem uma avenida com o seu nome e, no Jardim Municipal, um monumento com a sua efígie em relevo.
     Pelo exemplo de vida que nos deixou, de humanismo e cultura, o Dr. José de Andrade de Assis e Santos é-nos muito grato.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Capela na Sobrosa


     Na minha localidade de Sobrosa, freguesia de Espinho, ergue-se uma singela capelinha em  honra do Senhor dos Aflitos. Está situada na Rua do Cabecinho.
     Procurei conhecer a história desta capela, mas colocou-se-me o problema de não ter encontrado informações escritas sobre ela. Uma fonte oral contou-me que «há muitos anos atrás, um senhor chamado Álvaro Carvalhinho recorreu ao Senhor dos Aflitos quando partia para a guerra, prometendo que, se voltasse à sua terra natal, haveria de erguer uma capela em sua homenagem».
     Tenho dúvidas e preciso de resolvê-las, como quem desvenda um mistério: para que guerra iria, em grande aflição, aquele senhor? Anoto que a capela, que terá nascido daquela promessa, tem à entrada, no chão, a inscrição do ano: 1911.
     Para que esta construção não seja marginalizada e como faz parte de um dos momentos da história da minha freguesia, são bem-vindas as informações que possam chegar dela! 


Patrícia Ferreira, 5.º D
Ao letivo 2011-12

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O moinho de água de Caparrosinha e a economia local



Moinho de água – Caparrosinha: a queda de água aumenta a força motriz.
Fotógrafo: Antonio M. Jorge (15 August 2007).

O concelho de Mortágua situa-se numa região com muitos cursos de água, aproveitados para movimentar os nossos tradicionais moinhos.
    Em Caparrosinha e Caparrosa, duas povoações que pertencem à freguesia de Marmeleira, havia oito moinhos mas foram-se arruinando e, arrastados pelas cheias, desapareceram. Os moinhos guardam histórias dos nossos trisavô e bisavô, que exerceram a profissão de moleiro. Hoje existe um que ainda está a funcionar, herdou-o a nossa prima, Hermínia. Estivemos no moinho e dela ouvimos parte do nosso passado e registámos algumas das suas lembranças.
    É um moinho de rodízio, tem aproximadamente 150 anos e a pedra das paredes é a lousa. Tem duas mós de granito à entrada e outra pronta a trabalhar, dentro do moinho.
    Durante muitos e muitos anos, a atividade de moagem fez parte da sobrevivência da nossa população. A farinha era a base da alimentação, utilizada não só para cozer a broa, mas também na culinária e na alimentação dos animais. O moleiro andava de aldeia em aldeia com um ou dois burros a recolher as taleigas – sacos que continham uma medida de cereal; depois de moído o cereal, arrecadava a maquia – porção de farinha como pagamento do cereal que lhe davam para moer – e, com ela, sustentava a família.
    Os moinhos mostram a ligação entre o aproveitamento das águas e a atividade agrícola, destacando-se, na nossa região, o cultivo do milho.
    No moinho de Caparrosinha, pareceu-nos ouvir a chiadeira de todos os outros que por ali existiram, a funcionar!
 
Ana Pardal e Maria Miguel Vicenta, 5º B
Amigas do Património